sábado, 7 de novembro de 2009

Justificativa de escolha de gadgets

Escolhi os seguintes gadgets:
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

O papel da inclusão digital no processo educativo

“A inclusão digital não se resume à disponibilidade de computadores e de telefones, mas à capacitação das pessoas para o uso efetivo dos recursos tecnológicos. Para ser incluído digitalmente, não basto ter acesso a micros conectados à Internet. Também é preciso estar preparado para usar estas máquinas, não somente com capacitação em informática, mas com uma preparação educacional que permita usufruir de seus recursos de maneira plena.” (CRUZ, 2004, p. 13).

O modelo de organização na Sociedade da Informação e do Conhecimento envolve todos os setores da sociedade, sejam eles públicos ou privados. A Internet alterou as formas de produção criando facilidades no cotidiano e intensificando as formas de comunicação e interações sociais. Porém, seu uso ainda é restrito devido a alguns fatores, entre eles, a competência informacional e as condições de acesso. Iniciativas locais governamentais, empresariais e do terceiro setor para a Inclusão Digital tem alcançado resultados consideráveis na educação, no mundo do trabalho e na construção da cidadania. Portanto, demonstrar-se-á um projeto de Inclusão digital unindo Conteúdos Programáticos do Ensino Fundamental, Informática e Educação a Distância.
Segundo Cruz (2004, p. 10) - Inclusão Digital significa aplicar as tecnologias a processos que contribuam para o fortalecimento de suas atividades econômicas, de sua capacidade de organização, do nível educacional e da auto-estima de seus integrantes, de sua comunicação com grupos, de suas entidades e serviços locais e de sua qualidade de vida. E vai mais além, afirmando que o acesso as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) é um direito básico, assim como os direitos fundamentais de qualquer indivíduo.
Na busca constante de se construir políticas nacionais voltadas à inserção da população brasileira na Sociedade da Informação e do Conhecimento, o papel das tecnologias no processo de ensino aprendizagem pode ser de sucesso ou de fracasso. Depende é claro da visão institucional e do elemento principal desse processo: o educador.
A globalização intensificada pelas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) alterou os processos organizacionais, levando todos os setores do país a repensarem suas metodologias de trabalho. Assim também a educação deve buscar alternativas que viabilizem uma educação de qualidade estando preparada para mudanças pedagógicas e tecnológicas.
A inclusão digital é umas das formas da evolução e disseminação do conhecimento. Quando pessoas possuem condições democráticas de acesso às novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) e capacidade de interagir com essas tecnologias, estas tendem a ter cada vez mais, uma maior produção intelectual, armazenando e compartilhando conhecimentos.
Iniciativas governamentais e privadas estão sendo desenvolvidas pelo país buscando amenizar a disparidade de acessos e uso dos recursos tecnológicos, e uma grande parte delas alcançam sucesso, porém, se torna necessário potencializar este acesso para a geração de conhecimento. Mas, mesmo com tantos incentivos, onde instituições de ensino, por exemplo, estão se tornando centros de referência, grande parte da população e também educadores, elemento principal do processo de aprendizagem, ainda não sabem lidar com tal tecnologia.
Portanto, tornou-se necessário criar um ambiente em que profissionais da Educação da Rede Municipal de Ensino busquem capacitação e, assim, possam elevar o padrão de qualidade da educação, apoiado em Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs), independente das distâncias, sejam elas territoriais ou culturais.
A aproximação do indivíduo com as Tecnologias de Informação e Comunicação está intimamente relacionada, no mundo globalizado, aos direitos básicos à informação e à condição do indivíduo poder opinar e se expressar. A exclusão digital está entre uma das várias formas de manifestação da exclusão social e impossibilidade de exercício da cidadania. A exclusão digital não se trata de um processo isolado e que possa ser compreendido de tal forma, pois se trata de mais um resultado das diferenças na distribuição de poder e renda.
As tecnologias da informação e da comunicação precisam se tornar ferramentas que contribuam para o desenvolvimento social, intelectual, econômico e político do cidadão. Do ponto de vista de uma comunidade, isto significa aplicá-las a processos que contribuam para o fortalecimento de suas atividades econômicas, de sua capacidade de organização, do nível educacional e da auto-estima de seus integrantes, de sua comunicação com outros grupos, de suas entidades e serviços locais e de sua qualidade de vida. (CRUZ, 2004, p. 13).
É de fundamental importância, que a inclusão digital seja vista através do ponto de vista ético e considerada uma ação de promoção da conquista da cidadania, contribuindo assim para uma sociedade mais igualitária.
A construção da cidadania passa, necessariamente, pela questão do acesso e uso da informação. Tanto a conquista de direitos políticos, civis e sociais, quanto a implementação dos deveres do cidadão, dependem do livre acesso à informação sobre tais direitos e deveres.
As iniciativas governamentais só alcançarão sucesso e amenizarão as estatísticas da exclusão quando viabilizarem iniciativas territoriais, agregando valor a particularidades locais, sejam elas políticas, econômicas, gráficas ou sociais, pois, iniciativas locais estimulam ações globais, visto que, a globalização caracteriza-se por reconhecermos as particularidades locais através do global, bem como no reconhecimento das pluralidades e dos acontecimentos locais. Na contemporaneidade, esse reconhecimento através do mundo globalizado gera uma nova identidade coletiva. (BRAMBILA, 2006, p. 37).
Em reconhecimento dos diferentes ritmos de expansão das novas tecnologias, tornou realidade o que foi denominado como brechas digitais. Aplicado inicialmente para indicar as distâncias de acesso digital que separam os países avançados dos restantes, foi crescendo a visão de que mais significativas que aquelas são as brechas e fraturas internas, separando os que têm dos que não têm condições de acesso ao novo universo. Junto com isso, cresce também o entendimento de que, sem superar as fraturas internas, será impossível diminuir as distâncias que nos separam hoje dos países avançados.

Criar estratégias sociais é proporcionar condições sólidas para a organização social. Organizar-se socialmente em um mundo virtual significa democratizar o acesso coletivo aos meios tecnológicos. Mas, como democratizar esse acesso em um país com imensas disparidades? Há necessidade de se incentivar setores públicos e privados a viabilizarem projetos viáveis que priorizam a grande parcela da população: os excluídos de baixa renda.

Em decorrência disso, segue abaixo 12 aspectos, definidos pela Bridgers, Orgs apud Cruz (2004, p. 16-17), de avaliação do real acesso a essas tecnologias:

Acesso Físico - os computadores e telefones precisam ser acessíveis e estar disponíveis ao usuário.

Adequação - as soluções tecnológicas devem ser adequadas às condições locais de vida.

Preço Acessível - o custo da tecnologia e de seu uso precisa estar de acordo com a capacidade que a maioria das pessoas e organizações tem de pagar por elas.

Capacidade - as pessoas precisam conhecer o potencial de uso da tecnologia de maneira ampla, de forma a poder empregá-la criativamente nos diversos momentos de sua vida.

Conteúdo Relevante - é necessário haver conteúdo adequado aos interesses e às atividades da comunidade local, bem como linguagem acessível.

Integração - a tecnologia não pode se tornar uma dificuldade na vida das pessoas, mas deve se integrar ao dia-a-dia da comunidade.

Fatores Socioculturais - questões como gênero e raça não podem ser barreiras ao acesso à tecnologia.

Confiança - as pessoas precisam ter condições de confiar na tecnologia que usam e entender suas implicações no que diz respeito a questões como privacidade e segurança.

Estrutura Legal e Regulatória - as leis e regulamentos devem ser elaboradas com o objetivo de incentivar o uso da tecnologia.

Ambiente Econômico Local - deve haver condições que permitam o uso da tecnologia para o crescimento da economia local.

Ambiente Macroeconômico - a política econômica deve dar sustentação ao uso da tecnologia, em questões como transparência, desregulamentação, investimento e trabalho.

Vontade Política - os governos precisam de vontade política para fazer as mudanças necessárias para uma adoção ampla da tecnologia, com base em forte apoio da população.

A partir da análise de tais aspectos é possível criar ações efetivas através de parcerias estratégicas entre o governo, o setor privado e terceiro setor para que a Inclusão Digital aconteça em todos os setores da sociedade, principalmente no processo educativo.